27 de dezembro de 2011

A formula do que somos...

Somos um misto de ternura
Somos, quem sabe, muita ternura...
Somos misto de vida doce com vida dura.
Tortura...

Na verdade, somos tudo.
Somos nada.
Verdade e mentira.
Alegria e tristeza.

Somos sim pessimismo
Somos o impressionismo.
Somos de tudo muito
E de nada, nada!

Márcia Alcântara
Verão de 2011



26 de dezembro de 2011

Vida e Mar de Rosas

Vida de mar de Rosas, cheirosa e repleta de alegrias?
Ah não sejas tolo, tal vida não existe.
Não teime em me dizer isso.
As rosas são rosas e a vida é vida!

Uma coisa é uma coisa
Outra coisa é outra coisa.
Mas se disser que todas as coisas juntas
É apenas uma, respondo-lhe o seguinte:

A vida de mar de rosas não existe, mas se insiste, saiba que nas rosas há espinhos!

Márcia Alcântara
Verão de 2011, depois do Natal.

12 de dezembro de 2011

Quase duas mil...


Duas mil palavras em um papel de carta para escrever e descrever o amor. Ou seria melhor se entregar, viver e sentir ainda que haja dor?

Márcia Alcântara
Quase por do sol de verão 2011.


Vida Minha?

Antes a Vida era Vida.
Se ocupava das coisas da natureza,
Falava da beleza
Com delicadeza.

Hoje Vida é de outra
Magia esquecida
Sem luz aquecida
É um breu de vida.

Ela,  antes minha
Presente, ausente
Mas minha.

Hoje,  sua,  dos outros
Que nada dizem, e quando dizem
Não condizem.
 
Márcia Alcântara
Antes do por do Sol de primavera á contar 20 dias de 2012.

20 de outubro de 2011

Todos Ninguém

Ninguém sabe o que se passa no meu coração.

A primeira vista sou o que os seus olhos vêem.
Ninguém entende as palavras que digo.
Apenas são ouvidas e depois esquecidas num canto qualquer do seu nobre ser.
Ninguém compreende o que meu coração diz em suas batidas.

Meu coração bate por ti, aqui, lá.
Ninguém entende Ninguém.
Cada ser é único e somente Ninguém sabe tudo o que é.
Somente Ninguém se entende por completo.
Mas Ninguém, também, em momentos únicos, como muitos, não se entende também.

Márcia Alcântara
Lua minguante, primavera gélida de 2011,

7 de outubro de 2011

Reticencias

Qualquer dia minhas palavras supreenderão a mim mesma, se é que assim ja não fazem.

Marcia Alcantara
Noite inspiradora de primavera quando as flores aparecem magicamente...

Escrito solto, mais um deles...

Hoje palavras , sei lá se palavras, se sentimentos, se ditos que li soltos no ar e que um dia vão pro mar, me fizeram pensar: amar e adorar são cousas iguais? Ainda me peguei a pensar nas cousas que os humanos dizem fazer e dizem ajudar os outros a fazer...acho que esta ajuda na verdade é para eles mesmos, sim, eles, o que dizem ajudar.

 [Quero deixar claro que por vezes começo um texto com cousas que me fizeram pensar, mas acabo escrevendo sobre outras, mas no fim tudo tem um fio invisível, ou visível, entenda como quiser, aliás nem sei se quero que entenda algo, só escrevo porque faz parte de mim, de minha vida, do meu respirar, assim como faz parte do dia nascer o Sol e a noite nascer a Lua]

Tenho defeitos imensos, assim como todas as pessoas, mas penso que um defeito que não possuo seja o da ingratidão e o da falta de sentimento, e ai entra as palavras que fizeram brilhar estas outras que  agora digito num teclado de notebook, que me corrige automaticamente quando escrevo errado, mesmo que eu queria deixar errado como penso, talvez algumas coisas...

As vezes, ou muitas vezes a vida cansa por conter nela determinadas pessoas que não deviam estar nela. As vezes ou muitas vezes a vida peca por levar dela as que parecem serem melhor do que as que aqui estão. Definitivamente penso que a vida é extremamente amável e adorável. Só não sei ainda a diferença das duas cousas (para de me corrigir teclado, quero escrever cousas ao invés de...), amável e adorável.

Me sinto levada por uma ironia que não pertence a mim, mas quando vejo que a ironia pode ser um sentimento, acredito que ela me pertença sim...
 Ah quer saber do que mais....sei lá eu!

Márcia Alcântara
Primavera de 2011

19 de setembro de 2011

O silêncio diz...

Sim, o silêncio diz!
S silêncio diz tanta
coisa em meu ouvido
que me impressiona,
e me deixa
sem palavras,
assim como ele

calado,
mostra o quão
todas as cousas são
mais simples do que se mostra...
O silêncio diz e eu escuto, mas
não escrevo o que ele diz.
Penso que talvez, reproduzir o
dito do silêncio,  possa ser pecado...
Márcia Alcântara
Dias antes da Primavera 2011 e a Lua, esta se esconde aos poucos...

2 de setembro de 2011

Na vivência dos dias...

Mudei de idéia. Não me decidi por nada.  Nego tudo o que ontem disse sim. Vergonha? De mudar de idéia? Oras me poupe, você não sabe nada da vida mesmo.

Vive aquele que pensa, aquele que sente. Vive aquele que vê o que ninguém mais vê. Descrever é bobagem, a melhor  coisa é sentir. Eu sinto a todo o momento, vivo em ecstasy de tristeza, de alegria. Na verdade,  alegria ou tristeza,  não importa o importante é sentir, pois então se tem a certeza de que se esta vivo.

Aliás,  é o estado de vivo que se sabe que não  se esta no estado de morto. E se sabe disso sentindo, mas quem é que sabe que a morte não é sentimento? É, não dá para saber. Sinto tudo muito estranho, mas é por isso que vivo uma intensidade inefável.  E por isso paro de escrever, por que não cabe escritas, não cabe descrições. Melhor parar por hora, antes que a simplicidade de meu escrito, antes que a sinceridade do dito, seja contagiada com o plágio dos que dizem e dos que muito escrevem. Mas estes eu sei que nada sentem...

Márcia Alcântara
Em estado inefável e antes nunca sentido, inverno de 2011.

29 de agosto de 2011

Das noites em claro

Decidi deixar o tempo passar. Decidi não dar tanta atenção a minha intuição. Decidi ver o hoje como hoje e não como um pedaço do ontem. Decidi que não quero mais entender tudo. Aos poucos vou decidindo algumas tantas coisas.

Por que resolvi que tem que ser assim? Por que sim, se alguém entender que pode ser diferente que seja, mas apenas para o entendedor, por que para mim é assim por que é assim.
Deixo o tempo passar por que mesmo que eu tento pará-lo, não tenho sucesso. Decidi não dar tanta atenção a minha intuição por que muitas vezes ao entendê-la fico triste e não acredito no que é preciso acreditar, e quando resolvo  acreditar é a mais pura verdade que ela tentou me falar, muito embora traga tristeza, sim nem sempre a verdade é felicidade, mas a mentira sempre é falsidade, uma hora ou outra as fichas caem, é assim que se fala nesse mundo contemporâneo. Ambas me deixam em estado de tristeza, acabo ficando deprimida. Decidi não entender tudo, e não cabe dizer aqui o porquê por que eu acabaria dizendo as mesmas coisas das palavras a cima. Ora mas caberia uma coisa a mais, entendendo que pode haver discordância ao dar e tentar dar um novo sentido, ah esqueci, é proibido inovar, por isso decidi não entender. Por isso deixei de ler que é para não contaminar com luxo e supérfluos a minha escrita tão delicada e sincera.
Quanto ao que decidi,  ta decidido.
Antes que eu me esqueça,  quero dizer mais uma coisa, para não haver desentendimentos: “quem não é deprimido é louco”. É necessário então o respeito a todos, até eu tive que aprender a me respeitar e entender que eu mudo de idéia e o mundo me estranha...

Estou viva, e o tempo passa... deixa passar...

Márcia Alcântara
Manhã eu que o Sol sorri no ano de 2011

22 de agosto de 2011

Pensei

Cansa tanta guerra...a pior delas, a interna de si. As de fora, dizem ser resolvidas. As internas...

Márcia Alcântara
Agosto de inverno gélido 2011.

17 de agosto de 2011

Pensei...

E então algo me apunhalou, algo me afetou, e é por isso, apenas por isso que saem as palavras.

Márcia Alcantara
Inverno quente e seco de 2011

18 de julho de 2011

Diario 39?!

Gosto muito de escrever. Não me reconheço de outra maneira. Não espero valor nas palavras, nem que dêem valor a elas, pois elas, as palavras são reconhecidas muitas vezes por aquele que escreve elas. Uma vez sentidas por quem não as escreveu, deixa de ser do que escreve e passa a ser um sentir de quem leu. Mas isso é algo muito raro.

Marcia Alcantara
Ameno Por de Sol do inverno de 2011.

14 de julho de 2011

Pensamento solto...outro.

Queria que houvesse palavras suficientes para descrever o que sinto, mas não tem. Não sou especialista em escrever, mas sou especialista em sentir...

Marcia Alcântara
Por do sol de inverno 2011.

7 de julho de 2011

Diario 38?!

A minha realidade é uma mistura de minha carne com meu coração, apenas isso.

Márcia Alcantara
Noite gelada de inverno 2011

5 de julho de 2011

Diario 37?!

Há muito eu não respirava mais o ar lilás. Senti falta dele, é que por vezes ele me traz pensamentos que não gostaria de pensar. Hoje, ainda pouco, me deparei com a luz do luar quando sai na sacada, fraco, doce e discreto, brincando de esconder, não sei de quem, mas percebi que brincava e logo imaginei que todo este brincar era... bem, para minha pessoa.

Entendo que nem tudo é para mim, que não sou o centro do universo, mesmo por que não sei se o universo tem centro, ou mesmo por que não sei se eu tenho um centro meu. Mas fiquei imaginando que a Lua brincava comigo, parecia estar se exibindo para mim. Agora aqui dentro, diante deste monte de letras que vejo neste teclado, percebi que não era para mim. A dança continua e eu não estou mais lá fora, estou escondida, espiando a Lua e sua formosura pela fresta da janela, e ela? Ela não me vê mais.

Respiro o ar lilás, parece que ele me traz o aconchego que eu não sei me dar, embora me traga pensamentos que eu não gosto de pensar, afinal quero escrever e estas letras que dançam em minha frente agora, não dão conta de expressar...respiro.

Márcia Alcântara
Primeiros sorrisos da Lua crescente no inverno bem gelado de 2011.

4 de julho de 2011

Contramão?!

Quando me encontro
Percebo o desencontro
Estou sempre na contramão.
Sem bater e sem nada perceber.

Quando preciso ir
Já estou vindo.
Quando preciso enxergar
Nada vejo.

Quando preciso de razão
Me invade o sentimento.
Quando preciso sentir
Não sei dizer, escrever...

Vou seguindo sem destino...
Das cores vejo o cinza...
E do fogo
As cinzas...

Márcia Alcantara
Inverno gélido de 2011 quando muito ainda caberia dizer, mas as palavras não conseguem descrever.

2 de julho de 2011

verdade


hoje, agora, me deu vontade de escrever sobre a verdade, sob a verdade. não sei o que é verdade e nem procuro mais saber, vou na onda da vida, subindo e voltando...esticada na areia e cega pelo sol, entendi que a verdade é a de cada um, a minha uma, a sua, outra. a lua apareceu no céu, e rodeada pelas estrelas, terminei de entender que a minha verdade é inventada, a sua, eu não sei...

29 de junho de 2011

Por sorte?!

Por sorte os dias não são iguais, por sorte não se sabe de tudo.
Por sorte não se sabe todas as cores, por sorte não se pode contar até o fim. Não há fim, dizem ser infinito.
Por sorte o fim é começo. Por sorte o começo é também um fim.
Por sorte se tem Sol. Por sorte a ausência do mesmo.
Por sorte há luar, mas por sorte ela às vezes se separa para as estrelas se mostrar. Sorte delas.
Por sorte se ouve, mas por vezes é sorte não dar ouvidos.
Por sorte se pode falar, mas é por sorte que a voz cala.
Por sorte a água mata a sede, o fogo aquece, por sorte o ar espalha suas sementes, por sorte a terra nos alimenta.
Por sorte para terra voltamos, o corpo se decompõe e toda a água se vai e ao vento, ao nada tudo se volta...e do fogo sobra as cinzas...
É por sorte que se conta o tempo, mas é por sorte esquecer o relógio...
É por sorte tantas outras coisas, ou simplesmente não.

Márcia Alcântara
Por sorte inverno 2011, mas gostaria de ver as flores...

27 de junho de 2011

Diario 36?!

Da Realidade?
Nunca me pergunte sobre a realidade.
Pergunte-me a respeito o Sol,
Da Lua, dos Elementos,
Sobre o Mar, sobre o Ar...
Sobre Amar!
Coisas únicas para mim e
Completamente fora a parte da realidade
São delas e apenas delas,
Repetidas e continuas vezes
Que sei falar.

Márcia Alcântara
Noite gelada, coração aquecido, inverno de 2011

25 de junho de 2011

Diario 35?!


Há temores que insistem,

Insistem em voltar...
Batem em minha porta
E eu tento não me importar.
Mas, acabo de me lembrar
Que deixei, sem querer,
A janela dos fundos entre aberta
Para entrada de ar.


Márcia Alcântara
Inverno 2011, sem mais nada a acrescentar.

23 de junho de 2011

Diario 34!?


Acordei hoje com o som do Sol batendo na janela do quarto pedindo para entrar. Levantei-me, devagar. Abri a janela e o Sol atravessou meu corpo numa velocidade indescritível. O que senti foi também, indizível.

O ar lilás que respirava neste momento me trouxe um pensamento muito interessante e vulgarmente doido, assim como eu e meus devaneios. Assim como o Sol atravessou meu corpo, tão rápido, imagino que seja a alegria em minha vida. Tenho momentos tão rápidos, indizíveis e indescritíveis, que as vezes me estranho quando tenho que deles falar.

A velocidade com que passa os fatos bons por mim é tão rápido que por vezes nem me dou conta de que eles chegaram. Mas, pensando por outro lado, quando os sentimentos ruins invadem meu finito ser, os fatos irrelevantes e as tristezas também são. Quando o raio da felicidade, da alegria e do amor atravessa todo meu corpo deixando-me quente, assim como os raios de Sol da manhã, esses momentos se tornam, simplesmente, inesquecíveis.

Da alegria ligeira e rápida, me lembro com doçura e carinho. Da tristeza duradoura, não me lembro da ultima. A tristeza é sim, finita, assim como meu ser, como meu tempo...
Ainda tenho muito a aprender...nada sei da certeza, nem mesmo quem ela é.

Márcia Alcântara
Manhã de inverno ensolarada de 2011.

29 de maio de 2011

Diário 33?!

Sabe, eu sempre me espelhei no lá, me esqueci completamente de aqui. Agora a vida me mostrou as cores do aqui. A Lua não é mais um queijo, e uma magia que me fascina, de vareta qualquer, o incenso me é ar, fogo de labareda da morte, me é o fogo do prazer, a água gelada, é o mata cede e que me banha antes do perfumar, a terra de chão, é meu mundo, meu plano liso e tranqüilo...


Nem sempre tudo é o que parece que é, ou que parecer ser como dizem, ou como quiser. Eu quero assim, pode vir que o eu esta aqui, viva e vivendo o aqui e não lá, lá é legal, mas estou gostando daqui. Não queira me levar, eu sou daqui, sou de lá, desde que eu queira ir.

Preciso rir...



Márcia Alcântara
Noite de inverno de 2011, a muito eu nada dizia, mas agora e por enquanto, quero dizer...a flor da pele...

21 de abril de 2011

Diario 32?!

Eu escrevo quando deixo de ser quem esperam que eu seja.

Por hora estou sendo o que todos imaginam que eu deva ser.
Parece que estou enganando a mim mesmo deixando de lado minha ternura, minh’alma fraterna, minha alegria, minha postura singela. Ando sem filosofia, sem magia, mas em harmonia com os outros diferentes a mim.
Por hora sou o que desejam que eu seja. Escrevo pouco e engano-me bem. Me sinto feliz. Felicidade passageira, mas o que não é passageiro, não é?

Márcia Alcântara
Outono quente, Lua escondendo-se no céu do que dizem ser o ano de 2011.

15 de abril de 2011

Diario 31?!

Hoje, assim como todos os outros dias, eu acordei, abri a janela e vi o Sol despontar, e diferentemente que os outros dias fiquei com vontade de escrever. Faz algum tempo já que não escrevo nada, não há uma periodicidade para que eu escreva, mas quando sinto que algo muito grave em mim esta acontecendo... Quando me refiro a algo grave, digo a respeito de um aperto no peito do qual não consigo me livrar. Escrever parece ser minha melhor pílula, minha melhor saída... e há muito eu não tinha esse sentir.

Ando sentindo algo estranho, indizível e indescritível. Achei conveniente chamar de saudade esse sentimento que anda doendo. Claro que outros me doem e outros me trazem alegria e felicidade, mas como disse esse não tenho conseguido explicar e menos ainda entender este de agora.

Tento imaginar como curar esta saudade. E a maior tristeza foi me deparar com uma resposta negativa: não pode ser curada. A saudade é curada com um encontro, com um beijo, uma aperto de mão, um carinho, um afago... mas a saudade que sinto não poderá ser assim curada. Não terei um encontro, não terei um beijo, nem aperto de mão, carinho e afago, ainda menos, a sua benção então! Nunca mais!

Então escrevi para me sentir melhor, quem sabe palavras seja algo mágico que alcance em ti o que eu não consigo alcançar, não sei se você sente saudades de ai onde esta, mas quero que saibas que sinto aqui e não posso curar e quem sabe se você sentir, estas palavras curem ao chegar ai.


Márcia Alcântara
Outono de saudades 2011.

1 de abril de 2011

Diario 30...

Hoje eu precisei escrever para dizer o quanto me sinto cansada. Quem sabe se estas escritas não descansam minha mente, meu coração...


O mês que passou me foi exaustivo, alegre, triste, de fins e começos...de alegrias e profundas tristezas, há tristezas, que deixaram saudades incuráveis. Pois é, este me foi o mês que passou, onde pouquíssimas vezes consegui sentir o calor do Sol e a luz da Lua em minha pele, e que pele, que hoje já não parece a mesma de tempos passados.

Mas o que são os tempos passados, e o que são os tempos de daqui a pouco? Não eu não sei. Em minhas andanças e em minhas descobertas descobri tão pouco que sei ainda menos que hoje.

Espero que os futuros dias me sejam de harmonia, mas não muita,  para que eu não fique exausta do nada. Espero que a alegria me agarre e me beije lentamente. Saudade e tristeza, recebam de mim um abraço fraterno e um beijo molhado com as lágrimas que escorrem pelo meu rosto, um afago de carinho e sigam seus caminhos, mesmo sabendo que nossos caminhos, é um só.

Assim eu termino este escrito, agora bem mais leve por entender o que se passa em mim e o que passa ai, do lado de fora de mim.



Márcia Alcântara
Agora o relógio bate 19:51 do Outono de 2011, com a maioria dos planetas em Áries, o que pode estar me causando tanta confusão com sentimentos tão aflorados e aquecidos.

23 de março de 2011

Eu escrevo

Eu não sei ao certo sobre o que escrevo. Não possuo técnicas avançadas para escrever, não sei o que esta na moda da literatura, aliás, nem sei se isso tem moda. Não apego no linguajar de ontem ou de hoje. Eu simplesmente escrevo.

Não espero que o que o escrevo cause impacto em quem lê, e para dizer a verdade eu nem sei se alguém lê o que eu escrevo, mas eu escrevo. Não espero leitores assíduos, mesmo porque escrevo sem noção da vida alheia, eu conheço male male a minha!

Eu escrevo por que sinto necessidade de escrever. Escrever é como respirar, é como conjugar o verbo sentir. Ah e isso sim eu sei que faço bem: sentir. Sentir é meu maior prazer, minha maior alegria, meu maior desafio e por vezes minha maior tristeza.

Eu sinto o calor do sol na pele, a luz do luar em minh’alma. Sim eu sinto o cheiro da noite desfalecendo para a chegada viva do sol. Eu sinto a minha alegria virando alento. Eu sinto minha tristeza virando um tormento. Então eu escrevo, coloco para fora esse meu sentir, é essa é forma que tenho. Por isso é sem noção, sem aumento. É o que sinto, é meu alimento.

Ainda não encontrei, nessa vida, melhor forma de transbordar meu sentimento. Apenas escrevo.


Márcia Alcântara
Escrito de outono 2011

9 de março de 2011

Gotas do diário...

A vida me mostrou que eu nada sei. Que nada saberei. Sou grão de areia, num mundo repleto de montanhas, que o sol aquece, e que a lua ilumina. Que água molha, e que algo germina. Que um dia tudo termina. Que o fogo aquece e que o vento esfria. A vida me mostrou tanta coisa... que cada uma tem seu sabor, que cada uma tem seu sabor. Que nada posso dizer, mas que a volta de mim, posso sentir. Assim vou indo, até onde eu não sei, quem sabe amanhã termina, quem sabe nada termina. A vida é assim, uma mina, escura... mas, as sombras determinam que há claridade, de repente, explode. A vida é assim... quem sabe adeus, e quem sabe...até breve!


Márcia Alcântara
Verão de 2011

14 de fevereiro de 2011

Sem medo do tempo

Eu sempre tive medo. Da luz, do escuro, do frio extremo ou do calor sufocante, do tempo. Não adiantou conselhos e muito menos conversas... o medo sempre morou em minh’alma. Percebi que ele não esta de mudança e se apropriou definitivamente de mim.

Existe, agora, um fato importante em meu interior: percebi o verdadeiro sentido do tempo, perdi dele o medo, tenho por ele, agora, apenas respeito. Pensava eu antes, que ele ditava tudo e todas as coisas. Sempre ele, o tempo, me atormentava e me deixava em estado de choque, nunca de glória. Mas consegui dominá-lo e sei que eu é quem o faço.

Sou a alegria pelo tempo que passou, sou a tristeza do tempo que se vai. Eu é quem sou, nunca ele é que me é. Quando e toda vez que ele se vai, fica algo. E na sua despedida há também o momento da chegada, a chegada do novo, seja ele alegre ou triste...

Assim sigo a passos lentos, sem pressa do nada, sem pressa do tudo... sou no meio do termo.

Por hora sem medo do tempo
Márcia Alcântara
Verão de 2011.