20 de outubro de 2011

Todos Ninguém

Ninguém sabe o que se passa no meu coração.

A primeira vista sou o que os seus olhos vêem.
Ninguém entende as palavras que digo.
Apenas são ouvidas e depois esquecidas num canto qualquer do seu nobre ser.
Ninguém compreende o que meu coração diz em suas batidas.

Meu coração bate por ti, aqui, lá.
Ninguém entende Ninguém.
Cada ser é único e somente Ninguém sabe tudo o que é.
Somente Ninguém se entende por completo.
Mas Ninguém, também, em momentos únicos, como muitos, não se entende também.

Márcia Alcântara
Lua minguante, primavera gélida de 2011,

7 de outubro de 2011

Reticencias

Qualquer dia minhas palavras supreenderão a mim mesma, se é que assim ja não fazem.

Marcia Alcantara
Noite inspiradora de primavera quando as flores aparecem magicamente...

Escrito solto, mais um deles...

Hoje palavras , sei lá se palavras, se sentimentos, se ditos que li soltos no ar e que um dia vão pro mar, me fizeram pensar: amar e adorar são cousas iguais? Ainda me peguei a pensar nas cousas que os humanos dizem fazer e dizem ajudar os outros a fazer...acho que esta ajuda na verdade é para eles mesmos, sim, eles, o que dizem ajudar.

 [Quero deixar claro que por vezes começo um texto com cousas que me fizeram pensar, mas acabo escrevendo sobre outras, mas no fim tudo tem um fio invisível, ou visível, entenda como quiser, aliás nem sei se quero que entenda algo, só escrevo porque faz parte de mim, de minha vida, do meu respirar, assim como faz parte do dia nascer o Sol e a noite nascer a Lua]

Tenho defeitos imensos, assim como todas as pessoas, mas penso que um defeito que não possuo seja o da ingratidão e o da falta de sentimento, e ai entra as palavras que fizeram brilhar estas outras que  agora digito num teclado de notebook, que me corrige automaticamente quando escrevo errado, mesmo que eu queria deixar errado como penso, talvez algumas coisas...

As vezes, ou muitas vezes a vida cansa por conter nela determinadas pessoas que não deviam estar nela. As vezes ou muitas vezes a vida peca por levar dela as que parecem serem melhor do que as que aqui estão. Definitivamente penso que a vida é extremamente amável e adorável. Só não sei ainda a diferença das duas cousas (para de me corrigir teclado, quero escrever cousas ao invés de...), amável e adorável.

Me sinto levada por uma ironia que não pertence a mim, mas quando vejo que a ironia pode ser um sentimento, acredito que ela me pertença sim...
 Ah quer saber do que mais....sei lá eu!

Márcia Alcântara
Primavera de 2011