Eu não sei ao certo sobre o que escrevo. Não possuo técnicas avançadas para escrever, não sei o que esta na moda da literatura, aliás, nem sei se isso tem moda. Não apego no linguajar de ontem ou de hoje. Eu simplesmente escrevo.
Não espero que o que o escrevo cause impacto em quem lê, e para dizer a verdade eu nem sei se alguém lê o que eu escrevo, mas eu escrevo. Não espero leitores assíduos, mesmo porque escrevo sem noção da vida alheia, eu conheço male male a minha!
Eu escrevo por que sinto necessidade de escrever. Escrever é como respirar, é como conjugar o verbo sentir. Ah e isso sim eu sei que faço bem: sentir. Sentir é meu maior prazer, minha maior alegria, meu maior desafio e por vezes minha maior tristeza.
Eu sinto o calor do sol na pele, a luz do luar em minh’alma. Sim eu sinto o cheiro da noite desfalecendo para a chegada viva do sol. Eu sinto a minha alegria virando alento. Eu sinto minha tristeza virando um tormento. Então eu escrevo, coloco para fora esse meu sentir, é essa é forma que tenho. Por isso é sem noção, sem aumento. É o que sinto, é meu alimento.
Ainda não encontrei, nessa vida, melhor forma de transbordar meu sentimento. Apenas escrevo.
Márcia Alcântara
Escrito de outono 2011
23 de março de 2011
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