23 de março de 2011

Eu escrevo

Eu não sei ao certo sobre o que escrevo. Não possuo técnicas avançadas para escrever, não sei o que esta na moda da literatura, aliás, nem sei se isso tem moda. Não apego no linguajar de ontem ou de hoje. Eu simplesmente escrevo.

Não espero que o que o escrevo cause impacto em quem lê, e para dizer a verdade eu nem sei se alguém lê o que eu escrevo, mas eu escrevo. Não espero leitores assíduos, mesmo porque escrevo sem noção da vida alheia, eu conheço male male a minha!

Eu escrevo por que sinto necessidade de escrever. Escrever é como respirar, é como conjugar o verbo sentir. Ah e isso sim eu sei que faço bem: sentir. Sentir é meu maior prazer, minha maior alegria, meu maior desafio e por vezes minha maior tristeza.

Eu sinto o calor do sol na pele, a luz do luar em minh’alma. Sim eu sinto o cheiro da noite desfalecendo para a chegada viva do sol. Eu sinto a minha alegria virando alento. Eu sinto minha tristeza virando um tormento. Então eu escrevo, coloco para fora esse meu sentir, é essa é forma que tenho. Por isso é sem noção, sem aumento. É o que sinto, é meu alimento.

Ainda não encontrei, nessa vida, melhor forma de transbordar meu sentimento. Apenas escrevo.


Márcia Alcântara
Escrito de outono 2011

9 de março de 2011

Gotas do diário...

A vida me mostrou que eu nada sei. Que nada saberei. Sou grão de areia, num mundo repleto de montanhas, que o sol aquece, e que a lua ilumina. Que água molha, e que algo germina. Que um dia tudo termina. Que o fogo aquece e que o vento esfria. A vida me mostrou tanta coisa... que cada uma tem seu sabor, que cada uma tem seu sabor. Que nada posso dizer, mas que a volta de mim, posso sentir. Assim vou indo, até onde eu não sei, quem sabe amanhã termina, quem sabe nada termina. A vida é assim, uma mina, escura... mas, as sombras determinam que há claridade, de repente, explode. A vida é assim... quem sabe adeus, e quem sabe...até breve!


Márcia Alcântara
Verão de 2011