19 de outubro de 2010

Diário 21?!

Gostaria muito de saber por que o externo me afeta com tanta precisão. Nem eu tenho tanta precisão assim. Não consigo expressar com tanta clareza como sou afetada pelas coisas alheias e fatos exteriores a mim.

Tudo isso tem se tornado muito mais freqüente que antes. E isso, por vezes, parece estar fazendo de mim um ser, eu diria, um tanto quanto arrogante. A arrogância não faz e nunca fez parte de mim. É algo que abomino. Mas, minha alma e meu sentir parecem estar adoecendo desse terrível mal humano. Sou humana, mas eu diria não dessa “etnia”, sei lá como faço para ser compreendida.

Esse mundo, de agora, parece estar querendo sugar-me. Mas resisto, e não quero desfrutar dessa ironia e dessa arrogância. Minha vida é mais leve que isso. Sou um ser de sentires e palavras ritmadas... de palavras doces e de palavras melancólicas. Sou um ser de verdades e de amores! Pretendo vencer sendo o que sou. Não quero mentir e muito menos dizer e ser o que não sou. E se assim me for imposto, não mais serei e deste mundo desistirei! Procurarei por um onde eu possa ser o que sou, dizer como quero que entendam. Um lugar onde mesmo em silêncio poderei ser compreendida. Por aqui o falar anda corrompendo e comprometendo... E o silêncio, assim como o falar, anda incompreendido... Não si mais como continuar por aqui.

Mas, fatores externos andam afetando muito a mim.

Márcia Alcântara
Primavera gelada de 2010
Ah, não fiz correções na postagem, esta como meu puro sentir e errada ou não sinto mesmo assim!

9 de outubro de 2010

Diário 21?!

Talvez me fizesse muito bem contar o que fiz e o que sinto, contar tudo o que tenho vivido. Mas não, não é possível, não existem palavras que possam expressar a alegria e o contentamento do feito. Não, não há palavras que possam exprimir o que senti e o que sinto a todo momento.

Euforia e vazio. Talvez estas duas possam sintetizar, mesmo que mínimo, meus sentires. É uma certa euforia de ontem para hoje. Imagino que será um vazio de amanhã para depois.

Alegria e tristeza. Sentires do mesmo tempo, na mesma temporada de vida. Alegria de hoje, mas com a batida leve da tristeza em meu peito. A tristeza de ontem, com leves batidas de alegria no meu coração. Para amanhã eu tenho medo de dizer o que sinto.

O passado parece me prender. Não quero crescer. Mas a pequinês não é bem vinda. Do futuro eu tenho receio, mas o presente me dá aversão. Estou apavorada no meio da floresta fria e sombria. E da clareira? Eu tenho medo. Lá pode ser muito quente e não haver sombra para me proteger do Sol, a luz pode me cegar por há muito viver na escuridão. O que farei na clareira em noites sem luar?

Vou andando. Vou parando. Eu sei que vida anda, ou melhor a vida me empurra. Mas sei muito bem que uma hora ela pára, e cessa de vez. E disso eu não tenho medo, apenas receio. Sinto alegria. Sinto um descanso eterno. Sinto uma amalgama em mim. Algo me puxa sempre para o passado... Sinto medo do futuro.

Sinto, sinto e sinto...

Márcia Alcântara
Noite chuvosa e sem Luar de primavera 2010