Vive aquele que pensa, aquele que sente. Vive aquele que vê o que ninguém mais vê. Descrever é bobagem, a melhor coisa é sentir. Eu sinto a todo o momento, vivo em ecstasy de tristeza, de alegria. Na verdade, alegria ou tristeza, não importa o importante é sentir, pois então se tem a certeza de que se esta vivo.
Aliás, é o estado de vivo que se sabe que não se esta no estado de morto. E se sabe disso sentindo, mas quem é que sabe que a morte não é sentimento? É, não dá para saber. Sinto tudo muito estranho, mas é por isso que vivo uma intensidade inefável. E por isso paro de escrever, por que não cabe escritas, não cabe descrições. Melhor parar por hora, antes que a simplicidade de meu escrito, antes que a sinceridade do dito, seja contagiada com o plágio dos que dizem e dos que muito escrevem. Mas estes eu sei que nada sentem...
Márcia Alcântara
Em estado inefável e antes nunca sentido, inverno de
2011.
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não-eus dizem...