29 de junho de 2011

Por sorte?!

Por sorte os dias não são iguais, por sorte não se sabe de tudo.
Por sorte não se sabe todas as cores, por sorte não se pode contar até o fim. Não há fim, dizem ser infinito.
Por sorte o fim é começo. Por sorte o começo é também um fim.
Por sorte se tem Sol. Por sorte a ausência do mesmo.
Por sorte há luar, mas por sorte ela às vezes se separa para as estrelas se mostrar. Sorte delas.
Por sorte se ouve, mas por vezes é sorte não dar ouvidos.
Por sorte se pode falar, mas é por sorte que a voz cala.
Por sorte a água mata a sede, o fogo aquece, por sorte o ar espalha suas sementes, por sorte a terra nos alimenta.
Por sorte para terra voltamos, o corpo se decompõe e toda a água se vai e ao vento, ao nada tudo se volta...e do fogo sobra as cinzas...
É por sorte que se conta o tempo, mas é por sorte esquecer o relógio...
É por sorte tantas outras coisas, ou simplesmente não.

Márcia Alcântara
Por sorte inverno 2011, mas gostaria de ver as flores...

27 de junho de 2011

Diario 36?!

Da Realidade?
Nunca me pergunte sobre a realidade.
Pergunte-me a respeito o Sol,
Da Lua, dos Elementos,
Sobre o Mar, sobre o Ar...
Sobre Amar!
Coisas únicas para mim e
Completamente fora a parte da realidade
São delas e apenas delas,
Repetidas e continuas vezes
Que sei falar.

Márcia Alcântara
Noite gelada, coração aquecido, inverno de 2011

25 de junho de 2011

Diario 35?!


Há temores que insistem,

Insistem em voltar...
Batem em minha porta
E eu tento não me importar.
Mas, acabo de me lembrar
Que deixei, sem querer,
A janela dos fundos entre aberta
Para entrada de ar.


Márcia Alcântara
Inverno 2011, sem mais nada a acrescentar.

23 de junho de 2011

Diario 34!?


Acordei hoje com o som do Sol batendo na janela do quarto pedindo para entrar. Levantei-me, devagar. Abri a janela e o Sol atravessou meu corpo numa velocidade indescritível. O que senti foi também, indizível.

O ar lilás que respirava neste momento me trouxe um pensamento muito interessante e vulgarmente doido, assim como eu e meus devaneios. Assim como o Sol atravessou meu corpo, tão rápido, imagino que seja a alegria em minha vida. Tenho momentos tão rápidos, indizíveis e indescritíveis, que as vezes me estranho quando tenho que deles falar.

A velocidade com que passa os fatos bons por mim é tão rápido que por vezes nem me dou conta de que eles chegaram. Mas, pensando por outro lado, quando os sentimentos ruins invadem meu finito ser, os fatos irrelevantes e as tristezas também são. Quando o raio da felicidade, da alegria e do amor atravessa todo meu corpo deixando-me quente, assim como os raios de Sol da manhã, esses momentos se tornam, simplesmente, inesquecíveis.

Da alegria ligeira e rápida, me lembro com doçura e carinho. Da tristeza duradoura, não me lembro da ultima. A tristeza é sim, finita, assim como meu ser, como meu tempo...
Ainda tenho muito a aprender...nada sei da certeza, nem mesmo quem ela é.

Márcia Alcântara
Manhã de inverno ensolarada de 2011.