Hoje palavras , sei lá se palavras, se sentimentos, se ditos que li soltos no ar e que um dia vão pro mar, me fizeram pensar: amar e adorar são cousas
iguais? Ainda me peguei a pensar nas cousas que os humanos dizem fazer e dizem
ajudar os outros a fazer...acho que esta ajuda na verdade é para eles mesmos,
sim, eles, o que dizem ajudar.
[Quero deixar
claro que por vezes começo um texto com cousas que me fizeram pensar, mas acabo
escrevendo sobre outras, mas no fim tudo tem um fio invisível, ou visível,
entenda como quiser, aliás nem sei se quero que entenda algo, só escrevo porque
faz parte de mim, de minha vida, do meu respirar, assim como faz parte do dia
nascer o Sol e a noite nascer a Lua]
Tenho defeitos imensos, assim como todas as pessoas, mas
penso que um defeito que não possuo seja o da ingratidão e o da falta de
sentimento, e ai entra as palavras que fizeram brilhar estas outras que agora digito num teclado de notebook, que me
corrige automaticamente quando escrevo errado, mesmo que eu queria deixar
errado como penso, talvez algumas coisas...
As vezes, ou muitas vezes a vida cansa por conter nela
determinadas pessoas que não deviam estar nela. As vezes ou muitas vezes a vida
peca por levar dela as que parecem serem melhor do que as que aqui estão. Definitivamente
penso que a vida é extremamente amável e adorável. Só não sei ainda a diferença
das duas cousas (para de me corrigir teclado, quero escrever cousas ao invés
de...), amável e adorável.
Me sinto levada por uma ironia que não pertence a mim,
mas quando vejo que a ironia pode ser um sentimento, acredito que ela me
pertença sim...
Márcia Alcântara
Primavera de 2011
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