15 de julho de 2010

Diário 11?!

É engraçado o que sinto quando vejo as pessoas, todas iguais, todas diferentes... Assim como todos os dias, cada dia cabendo em vinte e quatro horas, e cada dia diferente. Fico pensando como pode haver tanta igualdade e tanta diferença em cada pessoa, em cada dia.

Olho pela janela, lá está o sol ou a chuva... Olho pela janela e lá estão os vizinhos. E estou cá eu olhando tudo o que não é da minha conta! Imagino se o que faço e o que quero é errado, já que puseram títulos nas coisas que fazemos. Certo, errado, proibido, perigoso... todas as ações e vontades possuem um título.

Mas tenho que para mim as pessoas deveriam ser mais livres, mais a vontade de si. Aqui, nesse mundo, tudo esta estranho demais. Querem e cobram por um respeito que não possuem! Ninguém tem mais individualidade, é tudo muito igual, e na verdade até parecem contradições em carne e osso.

Suportar!
Assim estou sendo treinada para continuar aqui. Espero não virar um robô, risos... só rindo para descontrair. Vou continuar aqui sim, sou uma bailarina a bailar num palco, onde muito em breve, minha turnê mudará de lugar... Tenho comigo uma única certeza: aqui não é o meu lugar, aqui não é o meu mundo... Talvez eu esteja enganada, mas acho improvável demais.

Vou, então, sobrevivendo as tempestades de mim mesmo.

Márcia Alcântara
Inverno de 2010

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