21 de abril de 2011

Diario 32?!

Eu escrevo quando deixo de ser quem esperam que eu seja.

Por hora estou sendo o que todos imaginam que eu deva ser.
Parece que estou enganando a mim mesmo deixando de lado minha ternura, minh’alma fraterna, minha alegria, minha postura singela. Ando sem filosofia, sem magia, mas em harmonia com os outros diferentes a mim.
Por hora sou o que desejam que eu seja. Escrevo pouco e engano-me bem. Me sinto feliz. Felicidade passageira, mas o que não é passageiro, não é?

Márcia Alcântara
Outono quente, Lua escondendo-se no céu do que dizem ser o ano de 2011.

15 de abril de 2011

Diario 31?!

Hoje, assim como todos os outros dias, eu acordei, abri a janela e vi o Sol despontar, e diferentemente que os outros dias fiquei com vontade de escrever. Faz algum tempo já que não escrevo nada, não há uma periodicidade para que eu escreva, mas quando sinto que algo muito grave em mim esta acontecendo... Quando me refiro a algo grave, digo a respeito de um aperto no peito do qual não consigo me livrar. Escrever parece ser minha melhor pílula, minha melhor saída... e há muito eu não tinha esse sentir.

Ando sentindo algo estranho, indizível e indescritível. Achei conveniente chamar de saudade esse sentimento que anda doendo. Claro que outros me doem e outros me trazem alegria e felicidade, mas como disse esse não tenho conseguido explicar e menos ainda entender este de agora.

Tento imaginar como curar esta saudade. E a maior tristeza foi me deparar com uma resposta negativa: não pode ser curada. A saudade é curada com um encontro, com um beijo, uma aperto de mão, um carinho, um afago... mas a saudade que sinto não poderá ser assim curada. Não terei um encontro, não terei um beijo, nem aperto de mão, carinho e afago, ainda menos, a sua benção então! Nunca mais!

Então escrevi para me sentir melhor, quem sabe palavras seja algo mágico que alcance em ti o que eu não consigo alcançar, não sei se você sente saudades de ai onde esta, mas quero que saibas que sinto aqui e não posso curar e quem sabe se você sentir, estas palavras curem ao chegar ai.


Márcia Alcântara
Outono de saudades 2011.

1 de abril de 2011

Diario 30...

Hoje eu precisei escrever para dizer o quanto me sinto cansada. Quem sabe se estas escritas não descansam minha mente, meu coração...


O mês que passou me foi exaustivo, alegre, triste, de fins e começos...de alegrias e profundas tristezas, há tristezas, que deixaram saudades incuráveis. Pois é, este me foi o mês que passou, onde pouquíssimas vezes consegui sentir o calor do Sol e a luz da Lua em minha pele, e que pele, que hoje já não parece a mesma de tempos passados.

Mas o que são os tempos passados, e o que são os tempos de daqui a pouco? Não eu não sei. Em minhas andanças e em minhas descobertas descobri tão pouco que sei ainda menos que hoje.

Espero que os futuros dias me sejam de harmonia, mas não muita,  para que eu não fique exausta do nada. Espero que a alegria me agarre e me beije lentamente. Saudade e tristeza, recebam de mim um abraço fraterno e um beijo molhado com as lágrimas que escorrem pelo meu rosto, um afago de carinho e sigam seus caminhos, mesmo sabendo que nossos caminhos, é um só.

Assim eu termino este escrito, agora bem mais leve por entender o que se passa em mim e o que passa ai, do lado de fora de mim.



Márcia Alcântara
Agora o relógio bate 19:51 do Outono de 2011, com a maioria dos planetas em Áries, o que pode estar me causando tanta confusão com sentimentos tão aflorados e aquecidos.