15 de dezembro de 2010

Diário 27?!

Inquietação
Almejamos o tempo inteiro e vivemos para conquistar. Não sabemos de princípio o que queremos, mas vivemos a querer. Tanta luta, que por vezes se torna até mesmo uma tortura, que alterna em nós, internamente e externamente, momentos de felicidades.

Pré-conquistas elaboradas, pré-requisitos conseguidos, com suor e esforço, e sempre a recompensa do esforço feito é obtido. Sempre novos e novos projetos...

Alegria por descobrir que se pode ainda mais, e então, seguimos cegos em nossas querenças e mais querenças. Por vezes não enxergamos ao lado, ou mesmo o perigo que vem á frente. Vamos sempre adiante e diante, querendo sempre mais e mais. Descobrimos novas palavras, novos conceitos, novas formas de viver. Desprezamos o que achamos não mais servir e cegamente lutamos com nós e intimamente e discretamente com o outro.

Mas de tudo isso, de todas estas querenças, que um dia conseguimos tornar verdadeiras em nós e para nós, sobra algo que corrói e não explica-se, que dói e não se tem remédio. A angústia domina o ser e vai fazendo com que vivamos essa vida que não conseguimos explicar.
Não conseguimos explicar a nossa vontade sendo realizada. Que tipo de realização é essa? Que machuca e que faz com que sintamos uma sensação de morte?

Luto agora comigo mesmo e tento estar feliz, mas não consigo. Quem sabe este seja um novo projeto de vida: ser feliz. Mas ao que tudo indica essa felicidade não pode nunca ser conseguida ou alcançada, ela seria o fim de tudo em mim e para mim.

Márcia Alcântara
Dias angustiantes de primavera 2010

Um comentário:

  1. Se preocupe menos... dê menos importância a opinião alheia... Ligue o foda-se!!! senão você vai fazendo da felicidade um projeto e nunca uma realidade...
    Beijocas IrmãZinha.

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não-eus dizem...