14 de maio de 2010

Diário?! 4

É muito comum que nos sintamos esgotados e até mesmo perdidos... O que vejo e sinto é que não é comum ficar assim por tanto tempo. Estou me sentindo assim há quase uma década. Inconstante, eu diria ser esta palavra minha companhia de agora. O que me lembro é do agora, o de antes só recordo-me. Se não vê diferença entre lembrar e recordar, nada posso fazer, pois para mim há uma diferença, gritante! O recordo-me anda longe e o lembrar esta bem aqui!

Quando mais eu tento me encontrar, mais me perco... e assim sigo a tempos. Não sei se quero que alguém me encontre. Desde que me conheço por gente assim sou, perdida, inconstante.

Amo na mesma proporção que odeio, fico alegre na mesma proporção que me entristeço, e como me entristeço! O fato é que já não sei mais o que sinto de tantos sentires que estou sentindo. Parece tudo tão complicado de externar, imagina como esta isso tudo dentro de mim.

Dentro de mim cada coisa que se passa parece problema. Ouvi ontem muitas coisas que dos meus olhos lagrimas escorreram. Que bobagem! é o que a razão me diz. Mas neste momento intrínseco de mim, dominada pela emoção estou. Aliás, faz tempo que ela não descola do meu ser. Perdida e sem vontade alguma.

Certo autor disse que “viver é muito perigoso” acrescento ao seu dito que pensar é muito perigoso, também. Porém não sei se existe vida sem pensamento e assim sendo o mundo é perigoso, o meu mundo então nem se fala.

Acho que é melhor eu ir tirar um cochilo, quem sabe se quando eu acordar não me encontrarei melhor que agora, ou nem mais me encontrarei. Logo o por do sol virá, ah e como é belo o por do sol do outono. Ah! Me esqueci hoje o sol não apareceu. Mas eu esperarei. Nada como o tempo para curar...curar o que? eu não sei. Nem mesmo fazer pedidos para as Deusas eu posso, pois na verdade não sei o que me dói.

Márcia Alcântara
outono de 2010

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