14 de fevereiro de 2011

Sem medo do tempo

Eu sempre tive medo. Da luz, do escuro, do frio extremo ou do calor sufocante, do tempo. Não adiantou conselhos e muito menos conversas... o medo sempre morou em minh’alma. Percebi que ele não esta de mudança e se apropriou definitivamente de mim.

Existe, agora, um fato importante em meu interior: percebi o verdadeiro sentido do tempo, perdi dele o medo, tenho por ele, agora, apenas respeito. Pensava eu antes, que ele ditava tudo e todas as coisas. Sempre ele, o tempo, me atormentava e me deixava em estado de choque, nunca de glória. Mas consegui dominá-lo e sei que eu é quem o faço.

Sou a alegria pelo tempo que passou, sou a tristeza do tempo que se vai. Eu é quem sou, nunca ele é que me é. Quando e toda vez que ele se vai, fica algo. E na sua despedida há também o momento da chegada, a chegada do novo, seja ele alegre ou triste...

Assim sigo a passos lentos, sem pressa do nada, sem pressa do tudo... sou no meio do termo.

Por hora sem medo do tempo
Márcia Alcântara
Verão de 2011.

Um comentário:

  1. Nada como o tempo pra mudar as coisas... quando te conheci, a Marcinha que hoje nos escreve, estava na caverna, como um mito, hoje ela voa até o fim da eternidade.
    beijocas

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não-eus dizem...